Um Pouco Da Traição...

14/01/2011 13:00
Olá Filho.
É tão maravilhoso ter-te comigo, as coisas que tu me dizes quando estamos juntos.
Eu também te adoro muito Filho e senti muitas saudades tuas.
Aqui tens mais um excerto para leres.
Podem criticar a vontade, dizerem o que vos vai na alma, mas ainda tenho mais…muito mais para divulgar, porque uma coisa eu garanto, não irei a ser eu o único a sair de mal nesta historia.



Date: 2009/8/8
Subject: Até breve?

Olá...

O seu beijo deixou-me mesmo abalada, sabe António? Ao ponto de eu me questionar sobre aquilo que realmente quero de si, aquilo que pode dar-me, aquilo que eu quero e o que realmente posso dar-lhe...

Sabe...quando questionei o (meu) mar sobre o seu intrigante silêncio, a resposta foi que eu esperasse pois há um compromisso que tarda em se resolver: aquele que tem consigo próprio. Entretanto eu aprendo a esperar e vou vivendo um mar de emoções que me assolam, neste compasso de espera, mas acreditando ... Acreditando que , no final do caminho, alcançarei algo bom...não importa o quê!

O último compasso de espera, depois do seu beijo, faz-me pensar na importância que, de facto, este acto significou...E como isso pode mudar, a caminhada. A minha. E, espero, a sua também.

As palavras escritas assumem sempre a dimensão que o nosso estado de espírito, no momento, permitir. Por isso, lhe peço António, apelando à sua sensibilidade, que aceite que a minha única vontade para, o que quer que se esteja a passar aqui, seja verdadeiro. Se a sua opinião se coaduna noutra perspectiva , até mesmo pela indisponibilidade que apresenta, penso que é chegada a hora de quebrarmos este intercâmbio pessoal. Já.

O que eu desejo, realmente António? Saber que estou no caminho certo para encontrar o seu. Só isso.
Sem pressas, sem pressões, sem cobranças, sem expectativas. Afinal...eu tb não sei se estarei à altura das suas...

Até breve, António?

Um beijo.
Date: 2009/9/6
Subject: ele volta?


desculpa, quero carregar no send, para o exterior...segue para ti, ajuda-me a exteriorizar emoções. Não respondas a partir deste, faço delete nos "enviados".


Tenho saudades.
Recebi o seu beijo com uma vontade única que finalmente conseguissemos concretizar uma maior proximidade, que teima em se adiar.
Agora sinto que terá sido uma despedida embora o meu âmago deseje que, no fundo, tenha sido uma verdadeira reacção espontânea que não conseguiu assumir depois.

Muita coisa ficou por dizer e lamento sobretudo que tenha faltado a coragem de falarmos abertamente sobre o que quer que se tenha passado entre nós. Porque algo aconteceu, não tenho dúvidas. Mas terá sido unilateral, cega que estou no meu buraco afectivo...? Conheço as minhas fraquezas, mas burra não sou. Mas tremendamente sonhadora e criei expectativas na esperança que o Universo me satisfizesse...

Ainda não desisti. Nem sei se algum dia o farei. Sobretudo por mim e pelo processo de amadurecimento, enquanto mulher, que toda esta envolvência predispôs. POr vezes, questiono-me se é o António que me abala ou as emoções que você me faz viver que me agarram, e me mantém, estupidamente prisioneira. Quanto mais busco esta resposta, mais me quero convencer que tudo isto é especial e já valeu a pena. Mas queria mais...queria concretizar o beijo...mas sei que, logo depois, as minhas expectativas subirão também ...ou não!

Mas depois fica no ar a dúvida se, atingido o desejo, toda a ilusão se perderá...ou novas virão, ou algo possa realmente instalar-se, e ficar, entre nós. Queria muito correr esse risco, apesar de tudo.

Queria sentir-te nos meus braços, envolver-me no carinho das palavras que sempre li. E agora, o que vejo? Tudo se desvaneceu...ou tarda em chegar?

E porque foge, e porque não se entrega? E logo me oferece ternas palavras...estou confusa. Mas afasto-me. É chegada a hora de romper os finos laços e esperar...esperar. Sobretudo esperar pela reciprocidade.

Penso em si.

Um beijo,

Do Pai Para Ti filho.
Paulo Bessa